ABSTRACT
Esta pesquisa analisa o discurso de agentes de enfermagem sobre o direito à saúde, tomando como base os conceitos de direitos políticos, civis e sociais e a legislação do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, realizado na rede básica do Município de Cuiabá, MT. Os dados foram colhidos através de entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos foram os profissionais de enfermagem que trabalhavam na Secretaria Municipal de Saúde por mais de cinco anos, por ocasião da coleta de dados. Os resultados foram organizados em duas categorias empíricas: o direito negado na prática dos serviços de súde e o direito a ser conquistado. Concluiu-se que os sujeitos entendem o direito à saúde como decorrente da universalização dos serviços e apontam a contradição entre direito à saúde e equidade, evidenciando a permanência da cultura histórica do direito atrelado ao pagamento, que é reforçado na prática pela baixa complexidade tecnológica e pouca resolutividade dos serviços públicos de saúde.